What’s the importance of Brazil in MONUSCO?

MONUSCO, or the United Nations Stabilization Mission in the Democratic Republic of the Congo, is one of the largest UN peacekeeping operations, established in 1999 as MONUC and later renewed as MONUSCO in 2010. Its main mission is to stabilize, pacify and reconcile one of the largest countries in the world, the diverse Democratic Republic of Congo (DRC), a nation unfortunately marked by armed conflicts in more sensitive areas, where there is a certain political instability.

The mission has several objectives, including the protection of civilians in conflict-affected areas. This involves preventing murders, sexual abuse and the recruitment of child soldiers by rebel groups. Furthermore, MONUSCO actively works to promote and protect human rights, monitoring violations and supporting local human rights institutions. The mission was made to cooperate with the DRC government to assist the country in establishing order.

Peacebuilding is a priority, with MONUSCO assisting the Congolese government in building stable institutions, promoting the rule of law and holding transparent elections. The mission also facilitates dialogue between ethnic and political groups, in addition to supporting disarmament and reintegration initiatives for former combatants.

MONUSCO operates in several regions of the DRC, including urban and rural areas such as Kinshasa, Goma, Bukavu and Kisangani. However, its work is constantly challenged by the presence of active rebel groups, which commit serious human rights violations, hampering efforts to protect civilians. The mission also faces political challenges, including ethnic and internal political tensions, as well as infrastructure limitations and adverse weather conditions in remote areas.

Despite the challenges, MONUSCO remains dedicated to collaborating with the Congolese government and other stakeholders to improve the living conditions of the Congolese population. His work highlights the importance of international engagement and cooperation to promote lasting peace in regions affected by complex conflicts.

Since April 2013, MONUSCO has had the privilege of having its fifth Brazilian commander, a distinction that fills Brazil with pride, given the importance and international prominence of this position. Brazil plays a fundamental role in training troops from several United Nations member countries in jungle combat techniques, aiming to strengthen its operations in the Congo Basin region, the largest tropical forest on the African continent, which shares significant similarities with the Amazon in South America.

The Brazilian Army uses its vast experience in jungle warfare not only to strengthen its military capabilities, but also as a powerful diplomatic tool, actively collaborating with friendly nations within MONUSCO to promote peace in the Democratic Republic of Congo (DRC). In recent years, Brazil has dedicated significant efforts to training troops from different nations. In April 2021, for example, Brazilian forces provided intensive training to Guatemalan troops ahead of their mission at MONUSCO. In January 2022, it was the turn of troops from Tanzania and South Africa to receive valuable instructions from Brazil. Now, in October 2023, Brazil has focused its efforts on intensive training of troops from the Malawi battalion.

These nations, and many others, recognize and deeply value Brazilian experience and expertise, demonstrating a sincere willingness to collaborate in favor of a more stable and secure international scenario. Brazil’s commitment to promoting peace and security in the region is clear proof of its invaluable contribution to the global cause of peace and harmony.

The Brazilian military has a strong desire to intensify its collaboration in UN peacekeeping missions, especially in MONUSCO, where the tropical expertise of our armed forces shines. Although our current participation is significant, with the majority of Brazilians in the DR Congo peacekeeping operation playing essential roles as jungle warfare instructors for the Congolese army, our army aims for an even more robust presence in MONUSCO.

This process is intrinsically political, but its evolution does not only depend on Brazil’s internal scenario. It is up to the United Nations to open more space for the Brazilian presence in Congo, recognizing not only our technical competence, but also our firm commitment to peace and stability in this challenging region.

The Brazilian armed forces active in MONUSCO will continue their excellent work, but it is important to remember that the Brazilian presence in MONUSCO is not just numerical, but also manifests itself through a deep commitment to the values of the United Nations. Brazilian troops, known for their skill and professionalism, not only contribute to peacekeeping operations, but also establish a vital bridge between the UN mission and local communities. This not only increases the effectiveness of the mission, but also strengthens the bonds of trust between MONUSCO and the Congolese people, which can sometimes be tumultuous.

As the world faces increasingly complex challenges and the heart of Africa gains ever more geopolitical relevance, MONUSCO stands as a testament to international determination to create a more peaceful and stable future for the international community. And at the heart of this mission is Brazil’s remarkable commitment, which not only contributes to MONUSCO, but also inspires and teaches other countries to join in the search for a world where peace is not just a dream, but a tangible reality through military and diplomatic efforts.

 

 

 

Português

 

MONUSCO, ou Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo, é uma das maiores operações de manutenção da paz da ONU, estabelecida em 1999 como MONUC e posteriormente renovada como MONUSCO em 2010. Sua principal missão é estabilizar, pacificar e reconciliar um dos maiores países do mundo, a diversa República Democrática do Congo (RDC), uma nação infelizmente marcada por conflitos armados em áreas mais sensíveis, onde há uma certa instabilidade política.

A missão tem vários objetivos, incluindo a proteção de civis em áreas afetadas por conflitos. Isso envolve prevenir assassinatos, abusos sexuais e recrutamento de crianças soldadas por grupos rebeldes. Além disso, a MONUSCO trabalha ativamente para promover e proteger os direitos humanos, monitorando violações e apoiando instituições locais de direitos humanos. A missão foi criada para cooperar com o governo da RDC para auxiliar o país na instauração da ordem.

A construção da paz é uma prioridade, com a MONUSCO ajudando o governo congolês a construir instituições estáveis, promover o Estado de direito e realizar eleições transparentes. A missão também facilita o diálogo entre grupos étnicos e políticos, além de apoiar iniciativas de desarmamento e reintegração para ex-combatentes.

A MONUSCO opera em várias regiões da RDC, incluindo áreas urbanas e rurais como Kinshasa, Goma, Bukavu e Kisangani. No entanto, seu trabalho é constantemente desafiado pela presença de grupos rebeldes ativos, que cometem graves violações dos direitos humanos, dificultando os esforços para proteger civis. A missão também enfrenta desafios políticos, incluindo tensões étnicas e políticas internas, bem como limitações de infraestrutura e condições climáticas adversas em áreas remotas.

Apesar dos desafios, a MONUSCO permanece dedicada a colaborar com o governo congolês e outros interessados para melhorar as condições de vida da população congolense. Seu trabalho destaca a importância do envolvimento e cooperação internacionais para promover a paz duradoura em regiões afetadas por conflitos complexos.

Desde abril de 2013, a MONUSCO tem o privilégio de contar com seu quinto comandante brasileiro, uma distinção que enche o Brasil de orgulho, dada a importância e proeminência internacional dessa posição. O Brasil desempenha um papel fundamental no treinamento de tropas de diversos países membros das Nações Unidas em técnicas de combate na selva, com o objetivo de fortalecer suas operações na região da Bacia do Congo, a maior floresta tropical no continente africano, que compartilha significativas semelhanças com a Amazônia na América do Sul.

O Exército Brasileiro utiliza sua vasta experiência em guerra na selva não apenas para fortalecer suas capacidades militares, mas também como uma poderosa ferramenta diplomática, colaborando ativamente com nações amigas dentro da MONUSCO para promover a paz na República Democrática do Congo (RDC). Nos últimos anos, o Brasil dedicou esforços significativos ao treinamento de tropas de diferentes nações. Em abril de 2021, por exemplo, as forças brasileiras forneceram treinamento intensivo às tropas guatemaltecas antes de sua missão na MONUSCO. Em janeiro de 2022, foi a vez das tropas da Tanzânia e da África do Sul receberem valiosas instruções do Brasil. Agora, em outubro de 2023, o Brasil concentra seus esforços no treinamento intensivo das tropas do batalhão de Malawi.

Essas nações, e muitas outras, reconhecem e valorizam profundamente a experiência e a expertise brasileira, demonstrando uma sincera disposição para colaborar em prol de um cenário internacional mais estável e seguro. O comprometimento do Brasil em promover a paz e a segurança na região é uma clara prova de sua contribuição inestimável para a causa global da paz e harmonia.

As Forças Armadas brasileiras têm um forte desejo de intensificar sua colaboração em missões de paz da ONU, especialmente na MONUSCO, onde a expertise tropical de nossas forças armadas se destaca. Embora nossa participação atual seja significativa, com a maioria dos brasileiros na operação de paz na RD Congo desempenhando papéis essenciais como instrutores de guerra na selva para o exército congolês, nosso exército almeja uma presença ainda mais robusta na MONUSCO.

Esse processo é intrinsecamente político, mas sua evolução não depende apenas do cenário interno do Brasil. Cabe às Nações Unidas abrir mais espaço para a presença brasileira no Congo, reconhecendo não apenas nossa competência técnica, mas também nosso firme compromisso com a paz e estabilidade nesta região desafiadora.

As Forças Armadas brasileiras atuantes na MONUSCO continuarão seu excelente trabalho, mas é importante lembrar que a presença brasileira na MONUSCO não é apenas numérica, mas também se manifesta por meio de um profundo comprometimento com os valores das Nações Unidas. As tropas brasileiras, conhecidas por sua habilidade e profissionalismo, não apenas contribuem para as operações de manutenção da paz, mas também estabelecem uma ponte vital entre a missão da ONU e as comunidades locais. Isso não apenas aumenta a eficácia da missão, mas também fortalece os laços de confiança entre a MONUSCO e o povo congolês, que às vezes podem ser tumultuados.

À medida que o mundo enfrenta desafios cada vez mais complexos e o coração da África ganha uma relevância geopolítica crescente, a MONUSCO se destaca como um testemunho da determinação internacional em criar um futuro mais pacífico e estável para a comunidade internacional. E no cerne dessa missão está o notável compromisso do Brasil, que não apenas contribui para a MONUSCO, mas também inspira e ensina outros países a se unirem na busca por um mundo onde a paz não seja apenas um sonho, mas uma realidade tangível por meio de esforços militares e diplomáticos.